Somos donos do que pensamos mas escravos do que fazemos. A capacidade inata de pensar associada ao ser humano permite-lhe, numa primeira instância, ser capaz de orquestrar as suas ações por forma a que as mesmas reflitam algum método, rigor, assertividade. Porém, é essa mesma aptidão que tantas vezes tolda a nossa competência de agirmos naturalmente, a capacidade de projetarmos as nossas qualidades sensoriais nas nossas ações, tornando-nos muitas vezes automatizados no pensar, no agir, no ser.

Vivemos numa sociedade que cada vez nos leva a pensar menos pelo facilitismo com que encontramos respostas para tudo na internet, em livros, em artigos, nas ideias alheias ou opiniões de interpostas pessoas e muitas vezes tomamo-las como verdades absolutas sem sequer as questionarmos.

“Penso, logo existo “ é um pressuposto que devia ser basilar e alicerçar todas as dinâmicas a que estamos intimamente ligados e é nesse sentido que o Externato Pica-pau assume como dever o de levar as crianças a pensar desde a génese de todas as vivências, tanto na vertente pedagógica como na pessoal e social. Enquanto agentes de educação é impreterível que ensinemos a pensar, que cuidemos da higiene do pensamento das nossas crianças e que estimulemos a capacidade de elas romperem com pensamentos preconcebidos que se tornam redomas para a sua imaginação e devem, por isso, ser abandonados. É fundamental que incutamos nos nossos alunos a capacidade de pensarem fora da caixa e também que mesmo nós adultos não nos limitemos a existir, logo a pensar!